Publicado por: sadeckgeo | junho 9, 2011

Localização

Recentemente abrimos uma série de postagens para falar sobre as novas geotecnologias ou como as geotecnologias vêm se comportando, se moldando nesse cenário de tecnologias desenfreadas, que tem levado o mercado GIS a iniciar uma renovação ou atualização.

Durante as novas postagens a ideia é continuar comentando sobre as geotecnologias de um futuro próximo, quase presente, sem tentar profetizar como diria Goodchild.

Hoje então falaremos um pouco sobre a necessidade de localizar, que tem se tornado o boom das geotecnologias móveis. Não que isso seja uma novidade, até porque os GPS já faziam isso desde a década de 80, mas o método para se obter essas localizações é inovador e se torna muito mais fácil e corriqueiro, chegando até as mãos dos usuários comuns ou não técnicos.

Um exemplo claro disso são as redes sociais que agora nos permitem inserir a referência geográfica (coordenadas) nas postagens, criando uma série de possibilidades de análise para os interessados nesse mercado, já que podemos cruzar essas informações com outras derivadas de fontes oficiais ou até mesmo com dados de redes sociais diferentes (youtube + flickr + twitter).

Na verdade isso se torna até engraçado… Todas as vezes que temos algo acontecendo no mundo, como catástrofes, eleições e outros, alguém gera um mapa com a localização do evento, ou com uma análise de proximidade e logo vira febre.

Dois pontos sobre localização são importantes. O primeiro é sobre a quantidade de informação e o segundo e sobre a qualidade dessa informação.

No primeiro caso a quantidade de informação necessita de hardware robusto para armazenar petabytes de dados que chegam a uma velocidade incomensurável. Além disso, é necessário termos softwares com alto grau de processamento e interoperabilidade tanto na entrada quanto na saída dessa informação, pois na mesma velocidade que se adquire os dados se quer a informação, ou seja, quase em tempo real. Todavia, as grandes empresas já estão se preparando para isso.

Agora surgiu uma questão, com essa nova perspectiva, as 4 componentes do SIG foram modificadas? O Peopleware não tem mais tanta importância quanto antigamente, se levarmos em consideração a geração de mapas eventuais? Uma questão para discutirmos.

No segundo caso, temos ainda um preconceito a respeito da confiabilidade da informação até mesmo por que esses mapas nem sempre têm a pretensão de serem precisos, mas de serem ilustrativos. Os críticos dessas novas formas de mapear têm levantado questões a respeito desse colaborativismo, se é que a palavra existe. A justificativa está baseada em pessoas que podem, de propósito, criar dados falsos para se protegerem ou até mesmo para manipularem o mercado consumidor, a opinião pública e assim vai. Lembro de quando discutíamos a semiótica cartográfica… rsrs

Essa justificativa foi levantada também quando surgiu a Wikipédia, mas o tempo mostrou que ela era infundada e a wiki continua ai até hoje com material de qualidade.

De acordo com o presidente da ESRI o SIG tem sido uma ferramenta muito útil por mais de 40 anos, mas estamos próximo de descobrir seu verdadeiro poder: o poder de transformar o modo como vivemos. Você concorda?

Até a próxima.

Links relacionados:

GOV 2.0 e SIG

AS NOVAS GEOTECNOLOGIAS

OpenStreetMap

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Esclarecendo o WikiCrimes


Respostas

  1. a exemplo do que está começando a florar na cartografia de maneira geral é o que ocorre, e ocorreu e continuará a ocorrer com o software livre, pessoas compartilhando informações, gerando conhecimento. Uma espécie de conhecimento participativo. Quanto ao item PeopleWare da estrutura do SIG não poderá deixar de existir, pois assim como o WIKi é necessário um filtro das informações compartilhadas mas, o que não diminui o potencial da aplicação. Acredito que deveria ser criado até um item à mais. Como seria o 5º componente?

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