Publicado por: sadeckgeo | maio 23, 2011

AS NOVAS GEOTECNOLOGIAS

N_geo

OBS: Resolvi trazer a postagem para o bolg depois de algumas reclamações de pessoas que não tem facebook.

Eu poderia começar essa postagem igual ao mochileiro das galáxias “Não entre em pânico” (rs), pois alguns fatos fizeram com que eu me lembra-se do início das geotecnologias, pelo menos para mim, ali pelos idos de 1999 quando conheci essas tecnologias. Logo me transportei para os dias de hoje, e não sei se isso é viagem da minha cabeça, mas vejo uma nova revolução no universo das geotecnologias igual quando saímos do papel e passamos aos PC´s. Outro fator que me fez seguir esse raciocínio foram algumas notícias que apareceram pela net nos últimos dias, como a Google entrando no campo GISWEB, a ESRI começando uma proposta de GIS online, um AutoCAD na WEB e outras mais antigas. Foi ai então que resolvi falar dessa temática da mudança do ambiente desktop para o ambiente WEB móvel, que já está em processo e potencializado pelos “novos” meios tecnológicos. 

Eu vejo que tudo isso foi iniciado pela gigante de pesquisas quando lançou o Google Maps no final de 2000 e logo teve uma repercussão fantástica. Tirou das mãos de poucos conhecedores essa ferramenta e passou para o usuário comum, que agora poderia ficar brincando de procurar a rua de casa, eu fiz muito isso!!! rs 

Hoje a revolução móvel está impregnada em nós. Celulares de todas as espécies e para todos os bolsos têm funcionalidades de geolocalização. Isso para não falar das tablets, que já tem aplicativos SIG para acesso remoto.

Isso talvez não seja uma revolução, mas a forma de uso, sim. A informação pode ser adquirida, repassada e criada de forma mais específica, desde que o emissor saiba onde eu estou agora.  

Sendo assim, todas as etapas de desenvolvimento de um SIG irão sofrer transformações. A quantidade de dados agora será brutal e talvez somente o armazenamento em nuvem ou o desenvolvimento de novas tecnologias de armazenamento para os móveis, possa dar um jeito nisso. Precisamos pensar em alternativas de como armazenar esses dados para que eles possam ser acessados e analisados por essas novas plataformas, sem a perda da dinamicidade. Acredito que projetos como o Wikicrimes e o OpenStreetMap se tornarão mais populares e necessitarão de infraestrutura para incendiar o mercado de geotecnologias. 

Imaginem as escalas de mapeamento que serão/são desenvolvidas com o uso de dispositivos móveis, trazendo para nossa área precisões sem igual no processo de edição. Áreas da Amazônia poderão ser minuciosamente mapeadas e assim poderemos ter quase de forma real a estimativa do desflorestamento. E o mais legal, feita pelos próprios amazônidas. 

Esse processo reflete diretamente na etapa de análise. Com dados vetoriais e informacionais dessa área (Amazônia), por exemplo, os fiscais do IBAMA e PF podem gerar, em campo, análises de contexto para diminuir o tempo de resposta às suas atividades de fiscalização. 

Para os mais céticos, calma, pois os mapas ainda continuaram a ser uma ótima forma de visualização das informações geospaciais, sendo somente expandidos por novos métodos de visualização. Os mapas terão muito mais ilustrações gráficas, o processo de representação 3D será mais frequente e visualizações temporais também, como vimos no caso da ESRI. Um mundo de possibilidades será aberto por meio de dispositivos móveis para a visualização de dados.

Será que isso é a realidade ou só um simulacro do comércio que gira entorno dessas tecnologias? Estamos realmente entrando em numa revolução geotecnológica cheia de possibilidades? Será que esse microcosmo social miniaturizado dos móveis transformará nossas formas de mapear o mundo?

Aguardo as considerações de vocês.


Respostas

  1. Sem dúvidas temos uma revolução nada silenciosa das geotecnologias, o que estamos vendo realmente é o lançamento quase que em tempo real das mais variadas formas de tecnologias voltadas à localização espacial. É prezado! Creio que isso é um pouco de cada coisa, ou seja, uma “misturada doida” das mais variadas possibilidades de comércio e usos das geotecnologias. Agora, o que se deve buscar em meio a este furacão de informações e novos lançamentos tecnológicos? Na minha humilde opinião, busquemos continuar fazendo o que sempre fizemos, que é saber o porquê dos processos, pois as ferramentas morrem nas mão de quem não sabe pensar o espaço.

    Valeu Sade! Artigo #totalmenteexcelente

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  2. Eu acredito sim na revolução. Essa revolução começou com o cloud e tende a se ampliar na questão de possibilitar ao usuário utilizar o SIGWEB como um desktop, ou seja, não só para visualização dos dados, mas para que não haja perda de funções, dinamicidade, praticidade e precisão dos resultados.
    Será uma evolução em conjunto com outras tecnologias que trará benefícios enormes para a comunidade de geotecnólogos e, principalmente, para a sociedade como um todo.

    Excelente artigo.
    Abraço.

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  3. Realmente estamos numa transição, formando profissionais da geração Y. Uma experiência bem interessante nessa transição eu vejo na própria sala de aula, onde professores que conhecem as ferramentas apresentam e trabalham as possibilidades das geotecnologias para essa geração z, que já nasceu com a internet. O SIGWeb, para mim, é o primeiro e mais simples contato dessas duas gerações.

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  4. Sadeck,
    legal, tenta manter o blog com as postagens do facebook tbm. Em alguns locais, como no trabalho, o acesso ao facebook é restrito!

    Sobre a Revolução, é indispensável assistir aos videos da Penn State: “Geospatial Revolution” e ler sobre os conceitos de Neogeography;
    Mas, mais do que uma revolução geoespacial, penso que temos uma apropriação do ciberespaço. Um ambiente que antes era rígido e pouco criativo, hoje é altamente interativo e tem reduzido a complexidade de interação a passos largos, permitindo criatividade e inovação em todos os níveis, do leigo ao expert.

    Abraços

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