O aplicativo IMPACT da JRC (JOINT RESEARCH CENTRE The European Commission’s in-house science service) faz parte de uma grande quantidade de aplicativos desenvolvidos com a finalidade de monitoramento ambiental, geralmente mais voltado para questões de desflorestamento ou uso da terra. Um SIG? No meu entendimento não. Se quiser dar uma olhada nessa sopa de letrinha tem um post bem legal aqui (Geoprocessamento: ciência ou técnica).
Aparentemente a proposta principal do aplicativo é fazer o mapeamento em um tempo bastante rápido com um grau de confiabilidade bastante bom, e para isso estão assentados sobre processamento de imagens em lote. Que fique claro, os processamentos são aqueles necessários ou já comprovados com boa aplicabilidade para esse tipo de levantamento, não espere encontrar todas as funções de um ENVI ou um ERDAS nele, pelo menos não nessa versão.
O aplicativo é disponibilizado de forma portátil e é implementado para trabalhar em browser mozilla firefox no modo stand-alone. Não necessita de amplo conhecimento dos processamentos, pois são todos apenas aplicados com valores pré-definidos no código, como no caso do MLME que já retorna até a composição das frações. Porém, se você tem um conhecimento básico de python ou java, você pode alterar os valores dos endmember no código para obter outros resultados. Segundo Simonetti (2015), o aplicativo faz uso de GeoExt, OpenLayers e Mapserver para a interface gráfica do usuário e renderização raster / vetor; E o processamento de dados é realizado por GDAL e Python.
A entrada de dados é feita pelo windows, ou seja, você precisa colocar as imagens dentro das pastas do aplicativo (IMPACT_JRC-Toolbox_v1.2b\DATA\RAW_data) e inicia o processo com a imagem zipada mesmo, como veio do EarthExplorer (LC82320662013239LGN00.tar) e com o menu lateral direito você segue as rotinas de trabalho. Os algoritmos estão preparados para trabalhar com os sensores TM, ETM e OLI e possivelmente com dados do RapidEye, além de no código já ter indicação comentada sobre o Sentinel 2 e ALOS AVNIR2.
No quesito edição, tanto vetorial quanto matricial ele é bem restrito. Não encontramos a possibilidade de criar polígonos irregulares para reclassificação dentro do map validation, aparentemente a reclassificação é só para ser usada com os polígonos da segmentação, que nem sempre representam de forma completa a feição do alvo.
No que se refere à interpretações e correções com dados vindos de campo se mostrou bastante complicado o processo para aplicar a atividade e não foi possível testar. Quem sabe com um pouco mais de tempo consigamos ter um resultado. E outra parte que não foi testada, mas aparentemente tem um potencial fantástico é a possibilidade de avaliar 3 épocas de interpretação.
O aplicativo tem também um razoável sistema de logs que informam o que está sendo feito minimamente nos processos e pode ajudar se algo sair errado.
No geral, para uma versão beta, o aplicativo tem um excelente potencial, podendo ser uma boa alternativa para o monitoramento da cobertura vegetal, principalmente para os leigos. Se fosse para escaloná-lo 1 a 10 eu diria que um 7 está de bom tamanho.
Gostou da postagem? Comente conosco, deixe seu like e avalia a relevância da postagem.
Até mais!
Quando você fala de “três épocas diferentes” quer dizer pegar uma imagem de, por exemplo, 2005, 2010 e 2015? Ou época tem outro significado?
CurtirCurtir
By: Murilo Cardoso on janeiro 25, 2016
at 9:06 am
Oi Murilo,
É isso mesmo, você pode usar imagens de 3 períodos (2005, 2010 e 2015) com suas respectivas classificações e interpretar a mudança. Essa possibilidade é bem legal para validação de classificação também…
Um abraço
CurtirCurtido por 1 pessoa
By: sadeckgeo on janeiro 25, 2016
at 9:13 am