O modelo linear de mistura espectral tem sido bastante usado para estimativas de vegetação e interpretação de imagens voltadas para a questão do desflorestamento. Essa técnica foi desenvolvida com o intuito de poder estimar a proporção de cada componente da mistura (Solo, Sombra e Vegetação) dentro de cada pixel, pois dependendo da resolução espacial, teremos vários alvos irradiando a energia eletromagnética em um mesmo pixel. Então em síntese, o MLME serve para que eu possa dizer qual das 3 frações é mais representativa dentro de cada pixel.
Outros fatores importante para se levar em consideração a respeito dessa mistura espectral são os efeitos atmosféricos, que podem ser corrigidos com outros processamentos, os efeitos topográficos, que tornam a superfície irregular ocasionando uma diferença nos níveis de iluminação, além de alguns elementos do próprio sensor, como na questão da geometria de aquisição.
Lendo o livro do professor Shimabukuro, atentei-me que até mesmo a geometria das copas das arvores e a disposição das folhas se tornam importantes para a mistura espectral.
É importante ressaltar que o processamento do MLME não exclui o uso dos índices de vegetação e é uma boa contribuição para os algoritmos de classificação, neste sentido, variantes do MLME vêm sendo aplicadas com sucesso no mapeamento de espécies vegetais, áreas degradadas e mineralógicas.
Fonte de estudo sobre MLME:
Ferreira,M.E. 2003. Análise do modelo linear de mistura espectral na discriminação de fitofisionomias do Parque Nacional de Brasilia (bioma Cerrado). Dissertação de Mestrado, Instituto de Geociências, Universidade de Brasília. Publicado na Internet em http://www.unb.br/ig/posg/mest/Mest172/ disponível em 07/06/2008
SHIMABUKURO, Y. E.; MELLO, E. M. K.; MOREIRA, J. C.; DUARTE, V. Segmentação e classificação da imagem sombra do modelo de mistura para mapear desflorestamento na Amazônia. São José dos Campos: INPE, 1997, 16 p. (INPE-6147-PUD/029).
Sensoriamento Remoto no Estudo da Vegetação
Autores: Flávio Jorge Ponzoni e Yosio Edemir Shimabukuro
Links relacionados:
Correção Atmosférica FLAASH – ENVI
Correção Atmosférica – ENVI 4.5
Olá, Sadeck!
Estou aplicando o MLME em imagens MODIS (MOD13Q1, bandas MIR, NIR, RED) para gerar imagens-fração de café, solo e água/sombra. Nessas imagens-fração, a proporção dos componentes deve ficar entre 0 e 1, não é? Já fiz vários testes (com e sem restrição) no Envi, mas os resultados não estão satisfatórios. Alguns valores nas imagens-fração aparecem negativos (solo e água) ou maiores do que 1 (café). Você saberia me dizer o motivo desse erro ou tem alguma dica sobre isso?
Muito obrigada e parabéns pelo blog! Sempre ajuda!!
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By: Maria Angélica Petrini on setembro 13, 2012
at 12:17 pm
Olá Mª Angélica,
Sua imagem está com correção atmosférica? Me passe o link de uma delas pra eu dar uma olhada.
Obrigado!
T+
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By: sadeckgeo on setembro 16, 2012
at 2:33 pm
Olá, Sadeck!
As imagens MODIS já são baixadas com correção atmosférica.
Depois de muiti procurar, eu encontrei um material que explica como faz para corrigir esses valores.
Muito obrigada pela atenção!!!
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By: Maria Angélica on setembro 17, 2012
at 9:17 am
De nada Maria Angélica,
Qualquer coisa estamos por aqui!
Um abraço.
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By: sadeckgeo on fevereiro 11, 2014
at 2:21 pm
Olá, Maria.
Você me disponibilizar esse material ?
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By: Ana on outubro 7, 2016
at 3:06 pm
Olá Sadek, tudo bem?
Você teria a referência da figura que utilizou para ilustrar o pixel com a mistura dos elementos vegetação, sombra e solo?
Abraços
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By: Juvenal on fevereiro 8, 2014
at 3:03 pm
Olá Juvenal,
Fui eu mesmo que fiz a figura… se quiser referencia-la pode usar o link do blog!
Um abraço.
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By: sadeckgeo on fevereiro 11, 2014
at 2:19 pm
Obrigado Sadek!
Abraços
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By: Juvenal on fevereiro 20, 2014
at 11:46 am
Sadeck,
MLME tem sido útil para monitoramento do Bioma cerrado utilizando métodos orientados ao objeto? Ou seria melhor por classificação por região? Não manjo muito desse último e de fato não sei bem a diferença entre esses dois métodos, me parece a mesma coisa.
Abraços
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By: Diogo Caribé on julho 27, 2014
at 9:14 pm
Olá Diogo,
Sim, tem sido bastante usado para mapeamento do cerrado. A diferença é em relação à nomenclatura somente. Hoje fala-se em OBIA… relacionando com as estatísticas do objeto para classificação. Geralmente esses objetos são obtidos por segmentação.
Dê uma olhada nos posts: https://geotecnologias.wordpress.com/2010/08/19/classificacao-orientada-a-objeto-consideracoes/
Um abraço.
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By: sadeckgeo on julho 28, 2014
at 11:57 am